Nos dias 24 e 28 de abril de
2014, aconteceu uma palestra sobre o acidente com o Césio 137, ocorrido em
Goiânia em 1987.
A palestra ministrada pelo
Coronel Almeida – Polícia Militar, faz parte de um trabalho realizado pelos
alunos dos 9º A, B, e C, sobre o acidente radioativo, coordenado pelas
professoras Ana Maria (Ciências) e Cecília (Geografia).
O trabalho feito pelos alunos
foi realizado em diferentes etapas: pesquisa, apresentação e socialização das
mesmas; exibição de documentário com produção de relatório e como culminância,
a palestra.
O acidente com o Césio – 137,
em Goiânia, teve início no dia 13 de setembro de 1987, quando catadores de
material reciclável entraram no interior das antigas instalações do Instituto
Goiano de Radioterapia (IGR) e acharam a cápsula que continha Césio – 137 que
estava dentro de um aparelho de radioterapia.
A partir do dia 18 de setembro, o aparelho
começa a ser desmontado, expondo ao ambiente 19,26g do material radioativo, um
pó branco, que em ambientes escuros, emite uma luz azulada.
Dentre as milhares de pessoas
que foram expostas aos efeitos do Césio, Leide das Neves Ferreira, de 6 anos,
foi a vítima com maior dose de radiação do acidente, por ter ingerido a
substância.
Em Abadia de Goiás, cidade a 23
km de Goiânia, foi construído um depósito definitivo, onde 13 toneladas de lixo
radioativo está depositado. Este depósito, projetado para durar 300 anos, tem
espessura de um metro de chumbo e mais 1,5 metro de concreto.
O Governo de Goiás e a Comissão
Nacional de Energia Nuclear (CNEM) foram condenados a pagar indenização às
vítimas, porém nenhuma indenização foi paga até hoje. Os Médicos responsáveis
pela clínica abandonada foram condenados a 3 anos de prisão em regime
semi-aberto, mas depois de 1 ano foram perdoados através de um indulto
presidencial.
Várias propostas foram criadas
para evitar novos acidentes: criação de leis mais severas; busca de novas
fontes de energia, que substitua as usinas nucleares; criação de um programa
educacional onde todas as crianças e adolescentes possam aprender em sala de
aula os danos que podem ser causados; a população precisa se melhor informada
em relação ao perigo oferecido por substâncias radioativas e como agir em caso
de acidente.
Após 25 anos do acidente, em
maio de 2012, a presidente da República, Dilma Rousseff, sancionou a Lei
12.646/2012, que instituiu a data de 13 de setembro como Dia Nacional de Luta
dos Acidentados por Fontes Radioativas, para lembrar o maior acidente com
materiais radioativos da história do país.
Cecília Benigna